History/Documents and Family pictures.


A Chegada a Colônia

Os imigrantes tiroleses e italianos, ao chegarem em Itajaí, ficaram num alojamento construído pelo Dr. Blumenau, num terreno adquirido de Alves Ramos, na confluência do Itajaí-Mirim. Desse local e após o necessário descanso, movimentam-se rio acima por mais dois dias de viagem, em canoas e balsas, até Blumenau, de onde eram encaminhados aos lotes previamente escolhidos, ficando, no ínterim, alojados no "Barracão dos Imigrantes", construído para tal fim, na entrada da Rua das Palmeiras (atual Alameda Duque de Caxias - como abrigo provisório dos imigrantes recém-chegados), barracão este que foi demolido em agosto de 1905. Esse barracão, que era denominado de "Casa de Recepção de Imigrantes", era de aparência lastimável. Era comprido e estreito, dividido em muitos compartimentos, construído de palmitos, coberto com folhas de palmeiras, paredes de pau a pique, com revestimento de barro e chão de terra batida. Só em 1879 e que a comunicação da Colônia com Itajaí se deu através do primeiro vapor a rodas, o "Progresso", mais tarde, ou seja a 14 de outubro de 1894, substituído pelo vapor, "Blumenau".

Chegada em Ascurra

A ocupação de seus lotes por parte dos imigrantes italianos se deu em 1876 - provavelmente nos princípios desse ano. Chegaram eles a Ascurra vindos do "Barracão dos Imigrantes", em Blumenau, pela estrada carroçável existente ate Warnow e dai por uma picada ate Ascurra, pela margem direita do Rio Itajaí-Açu, cuja travessia para a margem esquerda foi feita em canoa da Direção da Colônia, na desembocadura do Ribeirão São Pedrinho, lote n. 162, que viria a ser ocupada por Francesco Adami, cerca de um quilometro abaixo do local onde esteve localizada a balsa que, por longos anos, serviu de passagem, substituída em 1960 pela atual ponte "Irineu Bornhausen" da BR-470, em Ascurra.

A FUNDAÇÃO DE ASCURRA

A entrega oficial dos primeiros dez lotes dessa linha colonial, entretanto, só se deu a 15 de novembro de 1876, com a assinatura e entrega, nessa data, dos respectivos contratos de venda, pelo próprio Dr. Blumenau. Essa data - 15 de novembro, portanto, se constitui na data do inicio da colonização e fundação da povoação de Ascurra, não só por não existir qualquer documento oficial conhecido pelo qual se possa determinar outra data, mas especialmente por ter sido este o critério adotado pelo Dr. Blumenau, que entendia ser a data da fundação a da distribuição dos primeiros lotes e não a data da chegada dos imigrantes. A Câmara Municipal de Ascurra, em sessão realizada no dia 09 de Janeiro de 1975, aprovou por unanimidade de votos de seus membros, a indicação do Vereador Alcides Buzzi, fixando o dia 15 de novembro de 1876 como data da fundação de Ascurra, louvando-se no critério adotado pelo Dr. Blumenau, que entendia ser a data da fundação, a data da distribuição dos primeiros lotes e não a da chegada dos imigrantes.

Ascurra - Origem desse nome

Ascurra leva esse nome por sugestão do próprio Dr. Blumenau desde 1875, quando da delimitação dos lotes marginais do Ribeirão São Paulo, em cuja foz determinara a demarcação de uma povoação, com 129 lotes urbanos, dando-lhe, então, esse nome. Assim o Dr. Blumenau sugeriu para assinalar a vitória decisiva das forças brasileiras na Guerra do Paraguai, em 1869, já em sua fase final, quando o ditador Solano Lopez foi completamente destrocado na localidade fortificada de Ascurra, no território paraguaio. Trata-se de uma elevação escarpada e íngreme, situada nos primeiros contrafortes da Serra do Ibitirapé. No cimo desse monte, o ditador construíra poderosa trincheira, ai concentrando quase a totalidade do seu exército e com a qual pensava oferecer resistência ao avanço aos exércitos aliados. Entretanto, graças a estratégia do Conde d'Eu, então comandante-chefe do Exército brasileiro, foi Solano Lopez fragorosamente derrotado e dizimado o seu exército. Esse importante feito, como era natural, continuou tendo grande repercussão numa colônia que, para a vitória final, também havia colaborado.

Ribeirão São Paulo Origem desse nome

Em 1874, o Dr. Blumenau, prevendo a intensificação, no ano seguinte, da imigração em decorrência do contrato celebrado pelo Governo Imperial com Joaquim Caetano Pinto Junior, já nesse mesmo ano se antecipara mandando proceder a demarcação de extensas áreas da Colônia, para localização dos imigrantes tiroleses e italianos que o citado contratante viria a aliciar no Tirol e Norte da Itália. Entre as áreas então demarcadas, se achava as banhadas pelo Ribeirões "São Pedro", no atual território do Rodeio, e "São Paulo", no atual território de Ascurra. Esses dois Ribeirões, ambos afluentes da margem esquerda do Rio Itajaí Açu, com desembocadura pouco se distanciando uma das outras, o Dr. Blumenau simbolizou-os com o nome desses dois notáveis Apóstolos, vindo, assim ao encontro da religiosidade dos imigrantes que iriam ocupar os lotes banhados por estes dois Ribeirões, além de coincidir a data do término dos trabalhos de medição com a testa desses dois Santos, concelebrada a 29 de junho. O nome de "São Paulo", dado a linha colonial em Ascurra, deu ensejo a séries transtornos, pois muita correspondência procedente da Itália, não especificando a Colônia Blumenau, era retida em São Paulo, capital dessa província, para onde a essa época era grande a corrente imigratória, também de procedência italiana.

O Município

Um pequeno município com 119 Km/2 de área, localizado no Vale Europeu de Santa Catarina, marcado pela colonização de imigrantes da Europa Ocidental, que resultou num povo alegre e cordial que se sente feliz em receber os amigos e visitantes em sua cidade. Um povo orgulhoso de sua felicidade, de seu jeito de viver, de suas tradições e de sua cidade. Comunicativo como todo povo amigo, realizador na forma de alcançar o progresso e feliz na simplicidade de ser brasileiro.

 

MAPA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, COM A INDICAÇÃO DE ASCURRA.              

      

    

 

O MUNICÍPIO DE ASCURRA

 

 

MAPA DA DIVISÃO DOS LOTES.

Documento indicando o Lote 13, inicialmente de Ermenegildo Poffo

 

 

MAPA ATUALIZADO DA CIDADE, COM INDICAÇÃO DO LOTE DETERMINADO A ERMENEGILDO POFFO.

 

VAPOR  DA VIAGEM PARA O BRASIL .


Navio Ville de Santos:

 

DOCUMENTO DE POLÍCIA MARÍTIMA

 

 

DOCUMENTO OFICIAL  DOS PASSAGEIROS DO VAPOR E SEUS FILHOS.

 

 

LISTA DE PASSAGEIROS DO VAPOR VILLE DE SANTOS (1876)
da família de Ermenegildo

Ermenegildo Poffo
Fausta (Libardi)
Rosa Violante
Giuseppe
Carlota Luigia
(não veio pois nasceu em 1867 e faleceu em 1868) 
Enrica Maria
Giordano Luigi
Michele (Miquêle) Magoriano
Maria Giuseffa

 

 

FOTOS DOS PAIS DE ERMENEGILDO POFFO.(Arquivo de Lizete  Laura Poffo)

 

                                                

  DOMÊNICA PALAORO.17.05.1802 +1862

  GIOVANNI POFFO.16.03.1790  + 24.06.1871  

 

CERTIDÃO DE  NASCIMENTO  E CASAMENTO DE ERMENEGILDO POFFO.

 

 

 

 


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